sábado, 31 de julho de 2010

morrer em veneza



Também Quero Morrer em Veneza. Quer dizer, devagar assim, tranquilamente e de Uma Vez tão . Apenas UM Último suspiro Que FICA suspenso . Nenhum silêncio solene Mais , Na Maior serena solidão , Uma brisa com do Atlântico, Sussurro UM OU do Douro uma Chamar -me Para a Foz .
Um copo de maduro tinto e hum verso de António Nobre Talvez UM Sejam Já Quase exagero barroco , sublinham Mas o essencial de mim Que Conduziu Nesta Vida . Podem Ficar Todos Felizes e Fazer Uma festa, Mas não me convidem , Por favor : eu Sozinha Partir Prefiro , Como QUANDO terra da nasci .
Não fiz Vou deixar Uma casa foi de Aprendizagem PORQUE O PERCURSO e Que Não Chegou Sequer Num parágrafo Ancorar Porto de Abrigo . Quem UM procurar Rasto Não vai abençoar uma cicatriz Mais Pequena Nem Tão Um pouco Esboço um lápis de qualquer retrato um.
Enquanto uma VEM Não Noite, Vou Sossego em Celebrar a Pessoas Que amei .

quinta-feira, 22 de julho de 2010

jardinagem


quero uma varanda
e uma alvorada
para limpar todos
os versos que escrevi
até hoje
dos artefactos caducos
e deixar apenas
uma imensidade
de folhas
de novo
brancas

sábado, 17 de julho de 2010

deste lado do azul




Deste lado do azul
Escrevo devagar com as
Migalhas que apanhei
Pelo caminho. porque
São migalhas e não pólenes
São lágrymas perdidas (em homenagem)
Ao vento do norte
Aquele muito frio
Que se chama nortada.
São grãos de areia
Atirados ao acaso
Do café na esplanada
Onde bebi um sumo
Enquanto esperava
Que me servissem o café.
Por isso escrevo devagar
Deste lado do azul
À procura do caminho
De volta para o verbo
Que seja substantivo.
Apenas isso.

domingo, 11 de julho de 2010

PAUSE CAFÉ



BOM NATAL A TODOS!


segunda-feira, 5 de julho de 2010

au hasard balthazar

Ginovski

desci os degraus
do anfiteatro
como se me dirigisse
a um oráculo
e espalhei sobre
o palco as cartas
do baralho.

quando me preparava
para tirar uma à sorte
fui empurrada
por uma vertigem
e decidi recolhê-las:

não quero saber nada antes do tempo.

FEMINISTIZA_TE

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