No Porto, falar de TEATRO é falar do TNSJ, graças a Manuel Maria Carrilho, que em 1995, depois de obras de restauro, reabre esta sala de espectáculos, com Ricardo Pais como Director Artístico, até 2000, ano em que se demite por solidariedade com o Ministro que o nomeara. Desde então até 2002, o TNSJ é dirigido por José Wallenstein, que foi substuituído de novo por Ricardo Pais até 2008.
Desta vez, trata-se de uma despedida definitiva, aliada ao tempo de reforma, mas o nome deste Director Artístico ficará para sempre ligado à revificação do teatro no Porto, não só pelo lugar desempenhado, mas também por inúmeras actividades proporcionadas na cidade, de que saliento o Dramat (Centro de formação de dramaturgia) e o P.O.N.T.I. (Festival Internacional de Teatro do Porto).
Para o seu lugar está agora indigitado o encenador Nuno Carinhas.
Se o encenador Ricardo Pais nem sempre me satisfazia, o Director Artístico merece-me o maior respeito e admiração e por isso não podia deixar de fazer aqui o registo de uma profunda gratidão.
Quanto a Nuno Carinhas, pelo contrário, tenho já uma admiração indizível quanto ao seu trabalho como encenador. Resta-me portanto desejar o maior sucesso na difícil tarefa de dirigir um Teatro Nacional numa cidade culturalmente desfavorecida pelos poderes centrais.
PARABÉNS, Nuno Carinhas! E desde já obrigada pelas inúmeras encenações a que me foi dado assistir.
Que o Poder o deixe trabalhar.
10 comentários:
Nao conheço....(gente ignorante é assim) mas acredito em TI!
(não conheço o trabalho).
raios....
ignorante?... o caraças...
não me obrigues a dizer asneiras em público.
rais te parta!
:))))))))))))))))))
. e saio.
.eu.piano.
vamos ver!!!!!
mas não queria estar na pele dele ,ai isso é que não!
.
um beijo
Sim, o Nuno vai ter um outro trabalho bem mais complicado que aquele para o qual é se tem dado com tanta energia_o da criaçao, reflexao
e " passador" de textos e de bons espectàculos, dança, teatro, opera, figurinos, cenàrio...bem completo.
Bon courage à Nuno!
Merci de ce post ângela!
bjos LM
Torço por um excelente trabalho do Nuno Carinhas, mas de facto a saída do Ricardo Pais é uma perda gigante e provavelmente irreparável - o seu trabalho como director do TNSJ foi exemplar a todos os níveis.
desculpe, mas falar de Teatro no Porto não é o mesmo que falar do S. João, há muito mais para além do S. João.
não tem que pedir desculpa e eu tenho que reconhcer que não fui feliz.
antes de 1995, com impacto havia o TEP e o Seiva Trupe, com o FITEI.
o que eu acho que posso dizer com segurança é que nunca vi as salas de teatro no Porto (não só o S. João) tão cheias como entre 1997/2002. estou a falar apenas da minha experiência pessoal. e assim espero não ser injusta com as várias companhias independentes que sobrevivem, contra tudo e contra todos.
obrigada pelo comentário.
pois, compreendo e aceito que ali (S. João) se tentou desenvolver também um projecto educativo (nomeadamente com escolas) que deve ser reconhecido. no entanto, repare que por detrás dessas salas cheias de que fala, há uma poderosíssima máquina de produção (digo isto sem qualquer sentido perjurativo) que trabalha a "todo o vapor", e que trabalha bem. embora, já se saiba, seja preciso para tal um grande suporte financeiro.
as companhias independentes têm outro tipo de percurso, talvez mais penoso por vezes, mas nunca contra quem quer que seja.
obrigada pela sua resposta
e um abraço
:) e por mim a conversa não acabaria aqui. porque eu nem sou muito fã dos serviços educativos, tal como têm funcionado. por outro lado, qd digo que as companhias independentes resistem "contra tudo e contra todos" estava a referir-me especificamente à situação lamentável desta cidade pós-rio...
enfim, mas não quero massacrá-la.
prefiro v~e-la de novo em palco:)
abraço
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