dizer janela equivale a pousar os olhos na moldura das palavras que me sussurras e seguir a pálida intenção de desatar os nós que acorrentavam os cânticos de amor. desenhar uma tela gótica nas paredes caiadas da catedral que abre as portas ao nosso segredo. erguer as mãos, escadas acima, com a prudência de um livro que se abre para cruxificar uma vida isenta de memórias.
são assim os dias que te oferendo em gestos esculpidos por entre as veias do meu sonho.
são assim os dias que te oferendo em gestos esculpidos por entre as veias do meu sonho.
9 comentários:
"dizer janela"... e recriar o mundo...
perder o olhar e desenhar uma nascente...
cantar...e em cristais de luz, deixar a vida estalar dentro de nós...
Beijo
os dias oferecidos no altar da vida com o sangue do sonho, mais denso e vivo porque é o sangue que sustenta o que temos de humano em nós.
Um grande abraço.
um segredo assim aberto é uma belíssima oferta Ângela!
vale a pena re.dizer janela.
um beijo.
E gosto! Tanto! Destas palavras de sonho.
Beijo, Ângela
as molduras nem sempre guardam as janelas e estas nem sempre se abrem.
ou existem.
.
palavras densas que voam.
.
belas.
dia outro.
de reabrir janelas. depois de tanta escada íngreme.
prudentemente reservo.me o direito de voltar a pensar que o Livro pode ser Alma.
bom dia A.
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hoje mais serena. sim.
"Dizer janela a pousar os olhos na moldura das palavras..." é lindíssimo!
Adorei :)
Olá... Venho sempre tarde e à más horas, mas venho!
Dessa vez, para reflectir contigo sobre o que será uma vida isenta de memórias (não que às vezes não dê todo o jeito do mundo não as ter), se é certo que “a realidade apenas se forma na memória” (Proust).
Mas, se calhar, a realidade não é para aqui chamada…
Bjo,
MM
é. a realidade não é para aqui chamada.:)
bj
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