quando a primavera
se faz tarde
e os relógios
perdem a noção do tempo
quando as pétalas
caem ao desbarato
e o sol se aquieta
na sua ebulição
então é porque os sinos
se esqueceram
das albas
e as bibliotecas arderam
durante a noite.
apenas um velho
espalha teimosamente
pedaços de pão
na praça vazia
à espera de pombas
se faz tarde
e os relógios
perdem a noção do tempo
quando as pétalas
caem ao desbarato
e o sol se aquieta
na sua ebulição
então é porque os sinos
se esqueceram
das albas
e as bibliotecas arderam
durante a noite.
apenas um velho
espalha teimosamente
pedaços de pão
na praça vazia
à espera de pombas
que não virão.
8 comentários:
bulição que o silêncio a.ferventa...:)
belo o dizer assim .
como asas.
quando o tempo é tempo interior toda a espera é legítima...
beijo.
chegam à noite, as pombas. quando a praça dorme.
um beijo
por ouvir os sinos é que vim :) um beijo grande, ângela
ps.: evento dia 25 de abril faz-me ir à invicta. aceitas um café nesse dia?
Só os poetas acordam a noite e sonham os pombos.
Descrevem a sombra e enchem-nos de luz.
Bjinho
É tempo de abrir as mãos para as poucas pétalas preciosas que aparecem quando não as esperamos.
Beijos ângela. Bom fim-de-semana.
e porque foi escolhida a lampada do duchamp?
Passei por aqui e gostei deste poema.
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