Julia Margaret Cameron
(para o pai das minhas filhas)
não importa que não seja
tempo de diospiros
não importa que os meus dedos
estejam roxos de sangue
não importa que a minha
aldeia tenha um sino abandonado
ou que o sorriso me tenha
caído por entre os socalcos de vinhedo
não importa que os figos estejam podres...
o que importa, o que verdadeiramente
importa é que as nossas filhas
adormeçam no teu colo.
6 comentários:
É. É isso que importa. É toda a ternura que se pode dar. É toda a emoção que se pode transmitir, mesmo num poema tardio.
beijinhos ângela
O amor de pai e mãe ultrapassa todas as barreiras. Ângela, de vez em quando passo por aqui - lugar bonito.
Um beijo.
lindo.
grande abraço Angela!
No fim pouco importa, importam as pessoas que realmente amamos...
É tudo por elas!
Obrigado pelo comentário, apesar do cansaço. Interessam-me todos os tipos de escrita desde que sejam genuínos. A Ângela é-o...
Bom descanso e até breve
ternamente belo
gostei muito!
Gostei :)
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