Ginovski
desci os degraus
do anfiteatro
como se me dirigisse
a um oráculo
e espalhei sobre
o palco as cartas
do baralho.
quando me preparava
para tirar uma à sorte
fui empurrada
por uma vertigem
e decidi recolhê-las:
não quero saber nada antes do tempo.
2 comentários:
Olá, Ângela. Seu espaço sempre acolhedor, gosto daqui. Este poema reflete a nossa condição humana: a existência é mágica, revelar o segredo, o mistério, estraga o prazer de viver. Mas dói. Ao mesmo tempo dói muito. Existimos fascinados pelo mistério, até pela dor de existir.
Um beijo, amiga.
eu não queria saber...
beijo Ângela
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