a mão
tinha-se estilhaçado
o rosto durante
sete anos de alheamento
até que a lua desceu sobre a mão
e encontrou uma pele
ainda que levemente enrugada
seca de flores ou anémonas:
arrastou-a até à árvore
mais próxima
e deixou-a ali
agarrada a um tronco
que não tinha cintura.
2 comentários:
Olá Angela, obrigada pela visita ao onzepalavras e por acolher-me como sua seguidora.
Fico feliz que tenha gostado do blog. Volte mais vezes, como eu certamente farei.
Um abraço, Ana
às vezes, como que se hiberna em alheamento, pelos mais diversos motivos.
belo o seu poema, a sua imagem de uma pele «seca de flores ou anémonas» a precisar da pele da árvore para voltar a respirar. talvez que o nosso contactopermanente com a natureza nos seja essencial a algum equilíbrio íntimo.
abraço, Ângela.
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