Birul Sinari-Adi
Vergonhosamente
Esqueci-me de alinhavar
O poema em cima do manequimPor isso deixei uma metáfora
Completamente enviesada
Descaída sobre o peito
As anáforas descasadas
Umas das outras
Já não o eram
E a bainha da hipálage
Ficou uns centímetros abaixo
Do joelho.
Vou portanto descoser tudo
Deixar os alfinetes em cima da mesa
E atirar-me da janela.
Amanhã vem uma costureira nova.
4 comentários:
[o ponto, o nó, a palavra que não se desfaz... refaz-se dentro dos olhos que também somos nós, deste lado]
um imenso abraço, ângela
Leonardo B.
não te atires Ângela. esse modelo deve ter ficado bem interessante.
e a baixa costura está na moda.
:)
beijo.
quando precisares que te desça uma bainha, é só dizeres...:) fica uma perfeição, modéstia à parte! melhor que qualquer diálogo deslavado:)))
Óptimo poema, desconcertante possuindo uma escrita orgânica que corre como a água de um rio límpido, ainda possível.
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