por mais velas que acendas
não é com fósforos que vais
desenhar abraços
nem com réguas e compassos
que me acendes o coração.
foram longos os percursos
desde o ciclo do cavalo
debruado pela constância
da relação de mim contigo
e já não resta uma só sílaba
das palavras que me dizias.
o tempo foi-me subida
penosa até ao cimo de
um penhasco rugoso
no entanto mestre de ofício
lento e minucioso:
aprendi a oferecer rosas
quando a alma definhava de dor
aprendi a escrever poemas
com a fé dos peregrinos
aprendi os cânticos e o êxtase
próprios do amor.
por isso aprecio a maneira
delicada de quem escreve
com o corpo e dança com a
alma.
8 comentários:
sim. é um belo texto. e para leitores desprevenidos que conste:
este "tu" não me é morada.
:))))
brilhante compasso Angela.
nesta vela acesa
a luz está na ponta de um pavio
que, de sílaba a sílaba, alimenta o fogo.
É de amor que falamos.
Por isso, também eu, aprecio a entrada,
o ínicio e o fim do prelúdio de uma peça mayor.
A I.
Beijo na alma.
Até breve Ângela.
Lindo, Ângela.
Um beijo.
Tão belo, Ângela! Porque a Isabel é assim... nem sei dizer...
Beijo imenso de carinho.
bonitas palavras para quem mais merece.
um belíssimo diálogo a uma só voz
excelentes ( as duas )
.
um beijo
Excelente poema, num belissimo blog, é a primeira vez que por aqui passo, mas adorei
Muitos parabens
Lindo blog. Belíssimos poemas!
Quanto lirismo e força em suas palavras!
Te sigo, também aqui.
Um beijo e faço um convite para que conheças meus labirintos.
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